Ricardo Reis - Não só vinho, mas nele o olvido, deito
No sólo vino, mas con él el olvido, vierto en la copa: seré feliz, porque la dicha es ignara. ¿Quién, recordando o previendo, sonreiría? De los brutos, no la vida, sino el alma consigamos, pensando, recogidos en el impalpable destino que no espera ni recuerda. Con mano mortal elevo a mortal boca en frágil copa el pasajero vino, los ojos sin brillo, hechos Para dejar de ver. | Não só vinho, mas nele o olvido, deito Na taça: serei ledo, porque a dita É ignara. Quem, lembrando Ou prevendo, sorrira? Dos brutos, não a vida, senão a alma, Consigamos, pensando; recolhidos No impalpável destino Que não espera nem lembra. Com mão mortal elevo à mortal boca Em frágil taça o passageiro vinho, Baços os olhos feitos Para deixar de ver. |
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